Há muito
tempo o homem é impulsionado a novos formatos de aprender e ensinar.
Atualmente, reformulando o pensar sobre local e tempo, bem como, apropriando-se
de novas tecnologias. Para tais avanços educacionais observa-se a atuação de
diversos profissionais na produção de um curso a distância, todos eles
trabalhando para a qualidade da educação. Dentre os profissionais envolvidos
temos o designer instrucional, que possui papel fundamental na organização e
implementação de um curso. Conforme Filatro (2008, p.3),
[...] definimos design instrucional como a
ação intencional e sistemática de ensino que envolve o planejamento, o
desenvolvimento e a aplicação de métodos, técnicas, atividades, materiais,
eventos e produtos educacionais em situações didáticas específicas, a fim de
promover, a partir dos princípios de aprendizagem e instrução como o processo
(conjunto de atividades) de identificar um problema (uma necessidade) de
aprendizagem e desenhar, implementar e avaliar uma solução para esse problema.
O designer instrucional é o profissional responsável pelo
planejamento e implementação de situações de aprendizagem, realizando o
processo de planejar cursos, participando também do gerenciamento,
desenvolvimento e execução. Com isso, esse profissional está em intensa
comunicação com outros profissionais, como o conteudista, revisor, professor
formador, tutores, web designer, designer gráfico, animador, dentre outros.
Dentre as atribuições do designer instrucional, podemos
destacar sua primazia na área pedagógica, indispensável na produção de
materiais educacionais. O designer instrucional deve usar conhecimentos
pedagógicos e socioculturais, dando atenção às inteligências múltiplas, estilos
de aprendizagem, concepções de avaliação, para com isso organizar o curso e os
materiais, devendo usar de conhecimentos pedagógicos e da criatividade, além de
diversificar no uso de atividades e mídias para que o curso seja interativo e
dinâmico (GORGULHO JÚNIOR, 2012).
Os projeto em EaD
deve possuir objetivos educacionais claros, e se deve considerar o público
alvo, as necessidades, concepções de planejamento, avaliação, estratégias
pedagógicas e trabalho em equipe visando o alcance de um produto final
significativo que contribua com a interação por meio das tecnologias e a
aprendizagem dos envolvidos no processo. Sobre o designer instrucional nesse
processo pedagógico podemos destacar que se espera dele “um profissional com perfil interdisciplinar, em especial nas áreas da
educação, comunicação e tecnologia, articulando várias funções”. (MOREIRA,
2008, p.373). Nesse sentido, o designer instrucional deve estar conectado com
diversos conhecimentos e atuando de forma comunicativa com o restante da equipe
de produção, analisando e propondo materiais didáticos com situações de
aprendizagem que permita satisfatoriamente a educação à distância de forma
qualitativa, primando por um produto final que atenda as necessidades
educacionais de forma frutífera de todos os estudantes.
Prof Flavio Silva
Filósofo (PUC-SP) e Pedagogo
(UNINOVE-SP), estudante de pós
graduação em Designer Instrucional
(UNIFEI) e Educação Ambiental (UFLA)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
GORGULHO JÚNIOR, José Hamilton Chaves. O designer instrucional e a equipe
multidisciplinar. Ed. Storbem; Núcleo de Educação a Distância (NEaD) da
Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), 2012.
KENSKI, V. M.; BARBOSA, A. C. L. S. Gestão de pós-graduação a distância: curso
de especialização em designer instrucional para educação on-line. In:
CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO DE POLÍTICA E ADMINISTRAÇÃO DA EDUCAÇÃO, Porto
Alegre, 2007. Anais... Porto Alegre: Anpae, 2007.12 p.
MOREIRA, M. G. A composição e o funcionamento
da equipe de produção. In: LITTO, F. M.; FORMIGA, M. M. M. (Org.). Educação à distância: o estado da arte.
São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2008, p.370-378.
SILVEIRA, Sidnei Renato; CANDOTTI, Clarissa
Tarragô; FALKEMBACH, Gilse Morgental; GELLER, Marlise. Aplicação de Aspectos de Design Instrucional na Elaboração de Materiais
Didáticos Digitais para Educação a Distância. Revista D. Porto Alegre, n.
3, p. 77-96, 2011.
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